Visualizações de página do mês passado

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Gambiarra

A obra “Gambiarra” do fotógrafo, cineasta e artista plástico Cao Guimarães é uma coletânea de fotografias que trazem situações do cotidiano em que as pessoas utilizam os recursos que têm para alcançar seus objetivos. “Gambiarra” leva à reflexão do quanto podemos ser sustentáveis, uma vez que nosso planeta já dá sinais de esgotamento por tanta exploração humana.”Gambiarra” mostra o quão criativo é o ser humano.Afinal o que é ser criativo?Ser criativo é conseguir alcançar os objetivos com os recursos que se tem mesmo que sejam precários.Percebo no meu dia-a-dia pessoas muito criativas, a criança que usa como colher a embalagem que veda o iogurte; O homem que usa a baqueta da bateria no lugar do cabo quebrado do guarda-chuva;a moça que prende o cabelo com caneta.Além da sustentabilidade “Gambiarra” demonstra o quanto nós seres humanos devemos nos preparar para as surpresas da vida. É importante lembrar que as gambiarras quase sempre são para situações especiais e imediatas e algumas delas não podem ser utilizadas como rotina. Por exemplo, vi um dia na rua um carro com um dos retrovisores quebrado. A gambiarra foi substituí-lo por um espelho simples (àqueles de moldura laranja), todo envolvido em durex transparente. Não dá para transitar na vida sempre desse jeito, não é mesmo?  “Gambiarra” de Cao Guimarães compõe a Exposição “Segue-se ver o que quisesse”Quem quiser apreciar a exposição completa deve ir até 14 de julho à Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, Galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta (Palácio das Artes -Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte - MG) e  no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia (Avenida Afonso Pena, 737 – Centro – Belo Horizonte - MG) A Entrada é gratuita.Horários de funcionamento: terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 16h às 21h. Informações para o público: (31) 3236-7400

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Quase Veríssimo
Juliana Cristina
            Tudo o que um bom jornalista preza é credibilidade. Com a leveza do humor, mas de maneira profunda sobre as questões humanas, o jornalista Luis Fernando Veríssimo ganha crédito com muitos leitores. Seu nome tem tanto peso que não é raro atribuírem a ele textos que não são de sua autoria, isso porque as palavras tecidas por Veríssimo tem preciosidade de alta costura, assim um texto assinado por ele certamente será lido.
Ele conta que o texto intitulado como “Quase” circulou pela Internet como se fosse dele, muitas pessoas o elogiava “Uma senhora disse nunca gostei das coisas que você escrevia, mas este texto é muito bom!” Esse mesmo texto que não é de sua autoria rendeu-lhe outras situações inusitadas.  Luis Fernando Veríssimo lembra que estava no salão do livro em Paris e uma brasileira disse que havia feito traduções de diversos livros de autores brasileiros famosos e que dele havia traduzido o texto “Quase”. Em Minas uma universidade do interior o convidou para ser paraninfo, mas ele não pode comparecer e como homenagem publicaram o texto “Quase” no catálogo de formandos. Para o cronista um texto deve ser sempre escrito com clareza, mas diz que quem escreve deve tentar satisfazer a si mesmo e esperar que o gosto se coincida com o do público.
Porto-alegrense nascido em 26 de setembro de 1936 começou a escrever na maturidade após os 30 anos. Época em que havia se casado e tido sua primeira filha. Veríssimo declara ter tentado várias coisas na vida profissional, mas que não deram certo. Foi quando foi convidado a trabalhar no Zero Hora onde iniciou a carreira como jornalista em sua cidade natal.
Filho do renomado escritor Érico Veríssimo, ele acredita que o nome do pai tenha lhe ajudado no inicio da carreira, porém para ele ser filho de escritor talvez seja algo que tenha o inibido a iniciar na arte da escrita.
Alfabetizou-se por volta dos seis nos Estados Unidos, por isso sempre teve uma ligação forte com a cultura norte-americana. Retornou ao Brasil entre os nove e 10 anos quando começou a ler literatura juvenil de seu pais e eventualmente crônicas de Antônio Maria, Rubem Braga e Paulo Mendes Campos.
 Na adolescência, aos 16 anos, voltou a morar nos Estados Unidos onde ficou por quatro anos e decidiu aprender tocar trompete, porém no curso não tinha esse instrumento, apenas saxofone. Entregou-se ao que estava disponível e hoje é saxofonista da banda Jazz 6 .Ele a  autodefine como o menor  sexteto do mundo,pois tem apenas cinco integrantes.
Acredito que textos biográficos são muito pretensiosos, sobretudo, os que prometem contar tudo sobre o personagem central. Sempre rio de títulos do tipo “tudo” sobre fulano, ou “tudo” sobre cinema, ”tudo” sobre arte. Como se nossas histórias pessoais e culturais pudessem ser esgotadas.  Por isso, ”Quase Veríssimo” é um texto sem muitas pretensões. Apenas quero contar algumas coisas que soube sobre este cronista através de entrevistas em vídeo, evitei textos afinal quem escreveu poderia estar pregando alguma peça, não é mesmo? Escolhi falar sobre Veríssimo porque, assim como ele comecei no jornalismo em fase de maturidade. Hoje enquanto a maioria dos jovens está deixando os bancos das universidades aos 21 anos eu deixei aos quase 30. Na época de Veríssimo em que não se exigia diploma (vou considerar como se hoje exigisse) era muito comum iniciar-se aos 12 anos e 15 anos nos jornais. Assim como ele meu caminho pelas letras se enveredou porque os outros deram errado. Outro motivo pelo qual escolhi falar sobre este jornalista é porque escutei domingo inteiro o álbum Nas nuvens da banda Jazz 6. Além disso, segunda (30/04) estive na exposição Jazz!  no Usiminas Belas artes apreciando as obras de Eri Gomes baseada no livro Jazz! Interpretações de Paulo Vilara. Coincidência, não?

sábado, 7 de abril de 2012

Honra

  Sinto-me honrada por passar pelas esquinas do Jornal Hoje em dia e ser personagem da crônica de Tião Martins.Este respeitável cronista que nos encanta, nos provoca e nos informa todos os dias.Feliz por ser protagonista desta Geração Juliana.